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26 de fevereiro de 2015
Insónias
"As minhas noites não são feitas de sonhos. São invadidas por pesadelos, povoados de monstros, que gritam apenas um nome… o teu!!
E fica-me preso na garganta um grito que não consigo dar. No meu peito, estão presas as palavras que não consigo libertar…
E num último olhar que se cruza, arrisco tudo… Reúno forças e chamo o teu nome… Os monstros rasgam-me a garganta, onde um fio de voz se arrasta, fraco e suspirado por entre lágrimas..
Vejo-te morrer. No meu sonho, partes uma e outra vez, enquanto eu própria me afogo no meu sangue, incapaz de libertar de mim, aquele ultimo grito. Incapaz de trocar contigo qualquer palavra de despedida.
Olho-te nos olhos, com a certeza que me vês. Sem saber se não me ouves, ou se não me queres ouvir.
No ar, suspenso, o teu nome. Perdido para sempre, arrastado no vazio."
In: "Insónias 2013"
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