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3 de abril de 2013

Nunca o direi. Já o sabes!...

Porque nunca vais saber como te amei.
Nunca entenderás o que sentia durante aqueles 3segundos que o meu coração parava de bater, sempre que te via.
O meu Amo-te nunca foi pronunciado. Sempre convertido num Adoro-te, dito a medo. Sempre um eco que se prendia nas paredes do tempo á nossa volta, nos nossos momentos.
Porque não sabes, nem nunca vais saber o quanto o teu respirar era o meu viver, o quanto o teu sorriso era a minha vida.
Disse-te em sonhos, demonstrado entre sonos, envoltos em lençóis e no escuro que nos escondia o olhar.
Fomos feitos de chuva, de lágrimas de sorrisos e de sonhos.
Fomos um do outro, escondidos em momentos, fugidos da realidade.
Fomos sempre simples amostra, nada mais do que suspiros, sombras, promessas, nada mais do que sonhos.
Pensei ser suficiente. Mas nunca o fui. E a mim, tu bastavas.
Nunca vais ouvir-me dizer o quanto te amei. O quanto ainda te amo. Porque nunca o poderei soltar do meu peito. O grito que traz dor e o teu nome agarrado.
Nunca seremos mais do que fomos. Quando achei que eramos tudo, na verdade nunca fomos tanto.
Mas mesmo assim, mesmo não dizendo o quanto te amo, já to disse.
É impossível não o teres sentido quando os nossos batimentos aceleravam juntos, tocando uma melodia só nossa.
É impossível não o saberes quando partilhámos tanta vida, tanto sentir.
É impossível não te teres perdido em mim, como eu me perdi em ti. Não te teres, também tu, segurado firme no meu abraço, não te teres ligado no entrelaçar dos nossos dedos.
Não digas não ter ouvido o som que se desprendia dos suspiros.
Que não sentias a electricidade que percorria as nossas peles, mesmo antes de se tocarem.
Não negues que te sentias completo em mim. Pelo menos afirmaste isso várias vezes.
Não saberás como te amei, como me odiei por te amar.
Porque nunca seremos voz, sempre eco.
Porque nunca seremos nós, sempre e apenas eu e tu.
Mas ainda corres na minha saliva, ainda me pulsas nas veias, ainda me bates no peito.
Ainda és presença constante nos meus sonhos, ainda és envolvência do meu ser.
Ainda ocupas o teu lugar dentro de mim.
Nunca vais saber como me faltas, como me dóis…
Nunca vais saber como é profundo o vazio que a tua ausência deixa em mim.
Nunca sentirás o corte frio da navalha da saudade, na indiferença do teu sorriso.
Restas-me tu. Na lembrança do calor que já foste no meu peito.
Restamos nós. Na recordação de sonhos adiados.
Resto eu… Apenas um resto de ti!

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