E nas noites em que menos se espera a dor, eis se não quando ela nos atinge, como farpa cravada bem fundo. Uma lança que cada vez vão espetando mais e mais fundo, rodando e estilhaçando, tentando atingir mais e mais órgãos, provocando mais e mais danos. E nós, apanhados desprevenidos, tentando transmitir no nosso olhar coberto de lágrimas, a duvida do porquê, o medo, a dor, a surpresa. Não há palavras, não há acções, não há justificações que valham.
Quando o olhar esta toldado pela raiva e angustia, nenhuma verdade é possível se não a de quem a pensa portar. E mesmo tentando respirar por entre soluços e procurar uma resposta, ela não chega. Apenas mais perguntas nos assolam, apenas mais acusações nos são feitas. Dói. Mas a lança está lá! Cravada e impelida cada vez mais fundo na nossa alma! Não há grito que nos valha. A saliva seca nos na boca a cada nova imputação, e só nos resta sangrar. Deixar misturar no chão que ainda nos suporta, as lagrimas e o sangue que uma simples seta, lançada por quem mais nos é importante, retirou do nosso ser…
Hoje choro as ultimas lágrimas e acaba!!...
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