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27 de janeiro de 2014

Raiva Oculta

Rasga-me o peito, esta dor Como espada, quente, em ódio forjada. Como luz, forte, na noite.... Como voz, entre os silêncios, gritada. Corta-me a alma, tal tormento Este espinho, na carne fraca. Esta ferida, de dor constante. Que vem, fica e marca. Queima-me os olhos, esta imagem Que me atormenta, na noite negra. Que ocupa os meus sonhos. Que faz da mágoa, dor eterna. Dilacera-me, o chicote, de raiva pura Com o corte, dado a cada chicotada. Nos rastos, abertos e rubros Avisto a morte, anunciada. Mata-me a lança, apontada Ao meu coração, fraco, de tanta luta. Mata-me a verdade, a dor causada. Morte vinda da raiva, oculta.