Translate

18 de julho de 2013

Futuro no Passado

Dou por mim sentada na cama. No computador passa um dos meus filmes favoritos “moulin rouge”
Recordo-me de tanta coisa, relembro-te, envolto no meu abraço, enquanto te murmuro as palavras “come what may”.
Passa mais uma noite. E outra parte do passado que surge.
E sou envolta em outro abraço, confortada em outro olhar. Um rasto de caricias e beijos.
Relembro-me da matéria física de que sou feita. Retomo a noção da extensão do meu ser.
Submersa no passado. Foi nessa prisão que cortei as amarras. Foi a ligação “ao que já foi”, que me fez perceber que o importante é “o que poderá ser” e não “o que poderia ter sido”.
Existes e sempre irás existir. Mas eu também preciso espaço para existir, para “ser”.
E reconheço o meu sorriso, o meu olhar, que aos pouco recupera o brilho.
Um mergulho no passado, que me reabre os olhos para o futuro.
Deixo-te ir!
Na esperança de conseguir desligar-te e criar novas ligações. De me inteirar, desde as memórias ao momento, de me recriar, moldada a mim e não a ti!!
Porque sei, agora, mais do que nunca, posso encontrar-me onde menos espero. Posso reconstruir-me sem ti!
Deixo-te ir, solto, livre, feliz. Desejando poder, também eu, partir livre das recordações que me têm mantido presa a ti.

Sem comentários:

Enviar um comentário