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14 de novembro de 2012

A minha mente

Sinto o embalo tornar-se forte
De cândido a tempestivo.
Corro as vielas na minha mente
Na procura de bom abrigo
Calcorreando pelos becos
Por caminhos já esquecidos
Que ganham vida em cada passo
Falando como velhos amigos.
Elevando as suas vozes
Que ecoam por entre ruelas
Passando de vozes a gritos
Que estilhaçam portas e janelas
E ouço vozes que gritam
Palavras que recuso ouvir.
Que se elevam por entre escombros
Das quais não consigo fugir
Procuro por entre vielas
De caminhos corrompidos
Vejo-me rodeada
Por sonhos destruídos.
O trovão que ribomba
O tremor que me faz vacilar
A venda negra esticada
Que me impede de sonhar
E a minha mente oscila
Entre a perturbação e a quietude.
Nego-me a ouvir as vozes.
Dormir talvez ajude.
Mas não durmo sem sonhar
Um sonho de monstros povoado
Em que presa na minha mente
Sou desejo inacabado.
E abro os olhos em mim mesma
De restos feita e moldada
Procuro por mim completa
Só encontro um resto de nada
Rodeada pelos escombros
Da minha mente destruída
Procuro, vagueando
Pelo rasto da minha vida

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