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11 de dezembro de 2012

Fadiga

A fadiga que se instala
Nas articulações da minha vida.
Letargia, cansaço
Reflexo do que fui,
Um espelho baço
Memória empobrecida.
A lança de ferro
Por inimigos, empunhada.
A chaga, a ferida
Em carne viva,
Dor sentida
Numa carne já marcada.
O sangue que me pulsa
Em veias já esgotadas.
Vermelho, quente.
A pouca vida
Que ainda se sente.
Últimas batidas compassadas.
A fadiga, bem presente
Que domina a minha vida.
O torpor, a apatia,
A lágrima que cai.
O riso que fingia
A escuridão na alma mantida.
E no luto que me envolve
Pelo negro rodeada
Seco, envolvente.
A sombra escura,
A presença que se sente.
Numa vida, de vida esgotada.

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